O que é osteoporose?
Osteoporose é uma doença osteometabólica muito prevalente que cursa com redução da massa óssea e desorganização da microestrutura do osso causando redução da resistência do osso e maior fragilidade óssea, aumentando, portanto, o risco de fraturas.
Qual a prevalência de osteoporose?
Uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos sofrerão uma fratura por fragilidade por causa da osteoporose.
Quais são os fatores de risco para osteoporose?
- Sexo feminino
- Idade acima de 65 anos para mulheres e 70 anos para homens
- Tabagismo
- Etilismo
- Raça Branca
- Baixo peso
- Sedentarismo
- Dieta pobre em cálcio
- História familiar de fraturas e osteoporose
- Menopausa precoce
- Uso de corticóides por mais de 3 meses, anticonvulsivantes, anticoagulantes, quimioterápicos, inibidores da aromatase ou análogos de GnRH
- Doenças sistêmicas
- Imobilização prolongada
Como fazer o diagnóstico de osteoporose?
A densitometria óssea é um exame simples, de baixa radiação que avalia a massa óssea da região que se deseja pesquisar (coluna lombar, fêmur proximal e rádio distal).
O exame deve ser solicitado nos seguintes casos:
- Homens acima de 70 anos
- Mulheres na pós menopausa
- Adultos com múltiplas comorbidades ou fatores de risco para osteoporose
- Indivíduos em planejamento de corticoterapia prolongada
- Seguimento de pacientes com osteoporose já diagnosticada
Com a interpretação da densitometria associada à história clínica do paciente realizamos o diagnóstico de osteopenia ou osteoporose.
Além disso, em pacientes que sofreram uma fratura de fragilidade, ou seja, aquela que ocorre espontaneamente ou por trauma mínimo que não provocaria fratura normalmente, o diagnóstico de osteoporose é clínico. Nesses casos, não há necessidade de nenhum exame adicional para fechar o diagnóstico de osteoporose, somente para seguimento..
Qual o tratamento da osteoporose?
Para todos os pacientes devemos otimizar a ingestão de cálcio e o nível sérico de vitamina D, orientar atividade física de resistência se possível (caso contrário pode-se tentar fisioterapia ou hidroginástica), desaconselhar tabagismo, etilismo e fatores de risco adicionais, orientar medidas para redução do risco de quedas.
Temos ainda a nossa disposição medicações que vão agir diminuindo a reabsorção óssea e/ou estimulando a formação de massa óssea, que são: bisfosfonatos, PTH recombinante (teriparatida), denosumabe e mais recentemente romosozumabe.
Quais as complicações da osteoporose?
A complicação mais temida da osteoporose é a fratura. Segundo a IOF (Internacional Osteoporosis Foundation), aproximadamente 50% das pessoas que sofreram uma fratura osteoporótica sofrerão outra.
O risco de uma fratura subsequente é elevado nos primeiros dois anos. As mulheres que sofreram uma fratura na coluna têm quatro vezes mais chances de ter outra no próximo ano, em comparação com aquelas que nunca tiveram uma quebra osteoporótica. Na mesma linha, pacientes com histórico de fratura vertebral têm risco 2,3 vezes maior de ter uma futura quebra de fêmur e um aumento de 1,4 vez maior no risco de fratura distal do antebraço.
As fraturas causadas por osteoporose estão associadas à incapacidade grave e à perda funcional e podem colocar a pessoa em risco de morte.
Osteoporose tem cura?
Sim. E mais importante que isso, tem prevenção. Ter hábitos saudáveis e realizar densitometria óssea a partir do momento da menopausa e/ou quando o médico julgar necessário tendo em vista suas comorbidades, pode auxiliar no diagnóstico precoce de perda de massa óssea e, com tratamento precoce, as chances de cura aumentam muito.
Fontes: O essencial em Endocrinologia. Patricia Sales, Alfredo Halpern, Cintia Cercato. 1 ed – Rio de Janeiro: Roca, 2016. / abrasso.org.br/